segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Vírus

Bacteriófago: vírus que ataca bactérias
        Os vírus são agentes muito simples e minúsculos (medindo entre 0,05µm e 0,2µm) capazes de causar infecções ás células que os hospedam. São causadores de muitas doenças graves tais como: Ebola, Aids, Poliomielite, Dengue, Raiva, dentre outras.
        Não são constituídos por células (acelulares) e possuem material genético muito simples constituído por DNA ou RNA. Estes só são capazes de dirigir síntese de proteínas quando a partícula viral alcança o interior de uma célula. Dessa forma, os vírus são denominados parasitas intracelulares obrigatórios.
        Muitos estudiosos defendem que os vírus não podem ser considerados seres vivos, uma vez que não são formados pela unidade básica da vida (célula). Já outros pesquisadores afirmam que, por possuírem genoma, os vírus são unidades exóticas de vida.
Abaixo segue o resumo em tópicos sobre estes seres tão fascinantes! Responda os exercícios após o estudo.


Estrutura:

  • Sua estrutura básica consiste em uma cápsula proteica, o capsídeo, com uma molécula de DNA ou RNA em seu interior;
  • Em Junho de 2000 foi descoberto um vírus que possui tanto DNA quanto RNA, o citomegalovírus;
  • Algumas partículas virais são recobertas por uma membrana lipídica (envelope). Esta é originada da membrana da célula invadida;
  • A cápsula é formada por pequenos grupos de proteínas, os capsômeros, responsáveis pela simetria do capsídeo;
  • Quando fora do microambiente celular a estrutura viral completa é denominada vírion;
  • No capsídeo existem proteínas que interagem com receptores presentes na membrana das células. Isso garante a especificidade da partícula viral para com a célula;
  • Quanto a forma (ou simetria) do capsídeo um vírion pode ser classificado em icosaédrico, helicoidal ou complexo; 
  • Vírus envelopados, por possuírem uma membrana lipoproteica, são mais suscetíveis à temperatura e solventes lipídicos (álcool, éter,etc.). 
      Icosaédrico                                      Complexo                                    Helicoidal                         Icosaédrico Envelopado  
 Replicação Viral:
  • Em geral a replicação viral pode ser dividida em 7 fases:
  • Ligação (adsorção): Ocorre a ligação das proteínas de superfície do vírion com as proteínas receptoras na superfície celular;
  • Penetração: Através da adsorção, as partículas virais são envolvidas por uma vesícula pinocítica, na qual o vírus consegue acesso ao meio intracelular;
  • Desnudamento: Essa fase é marcada pela descapsulação do genoma viral no citoplasma da célula hospedeira;
  • Antes, ocorre a ruptura da vesícula  ou a fusão da camada exterior do vírus com a membrana da vesícula, liberando assim o núcleo viral no citoplasma;
  • Expressão Gênica: Consiste na síntese de proteínas necessárias a replicação. Para que isso ocorra, antes é necessária a síntese de RNA mensageiro (mRNA);
  • Uma vez que o mRNA é sintetizado, este é traduzido em proteínas virais por ribossomos da célula hospedeira;
  • Existem dois grupos de proteínas produzidas durante a expressão gênica: proteínas precoces e proteínas tardias;
  • As proteínas precoces são as primeiras a serem sintetizadas. São enzimas necessárias a replicação do genoma viral (DNA-polimerase, RNA-polimerase, replicase, etc.);
  • Já as proteínas tardias são polipeptídeos estruturais e do capsídeo sintetizados após a replicação do genoma, estes serão montadas nas fases finais de replicação;
  • Replicação do Genoma: Fase em que ocorre a multiplicação do material genético;
  • Os vírus de DNA se replicam no núcleo utilizando DNA-polimerase própria (exceção: poxvírus se replicam no citoplasma); 
  • A maior parte dos vírus de RNA replicam-se no citoplasma;
  • Apesar de os retrovírus e o vírus influenza possuírem genoma de RNA, ambos têm uma importante fase de replicação no núcleo;
  • O genoma é copiado através de proteínas precoces, as polimerases (enzimas da classe das replicases);  
  • O retrovírus (retro = para trás) é o único que sintetiza DNA a partir de RNA. Isso é possível graças a uma enzima chamada transcriptase reversa;
  • Montagem: Com o material genético replicado e as proteínas tardias recém-sintetizadas, ocorre então a montagem da partícula viral;
  • A fase é marcada pelo empacotamento do DNA ou RNA nas proteínas do capsídeo;
  • Liberação: A liberação do vírus para o exterior da célula parasitada pode ocorrer de duas formas diferentes;
  • Pela ruptura da membrana celular e liberação das partículas virais maduras. Tal processo leva à lise celular (ciclo lítico);
  • Ou através de brotamento pela membrana celular (processo pelo qual a partícula viral adquire o envelope). Geralmente a célula sobrevive;
  • Vírus que causam destruição celular são denominados líticos ou virulentos;
  • Vírus que não causam lise da célula são chamados temperados ou não-virulentos.
Lisogenia:
  • Ciclo alternativo de replicação no qual o genoma viral integra-se ao genoma da célula;
  • Não ocorre produção de partículas virais durante tal ciclo;
  • Como o DNA viral integrado é replicado com o DNA celular, cada célula filha terá uma cópia;
  • Quando um bacteriófago está em ciclo lisogênico ele é denominado profago;
  • O ciclo pode ser finalizado pela ação da luz ultravioleta e certos agentes químicos que danificam o DNA.
Vírus defectivos:
  • São compostos pelo ácido nucleico viral e por proteínas, mas não podem replicar-se sem ajuda de um vírus auxiliar;
  • Apresentam uma mutação ou deleção em parte de seu material genético;
  • Cerca de 1% das partículas virais replicadas são defectivas;
  • Podem interferir no crescimentos de partículas virais infecciosas.
Pseudovírions:
  • São partículas que contêm DNA da célula hospedeira em vez de DNA viral em seu capsídeo;
  • Podem infectar células, porém não são capazes de replicar-se.
Príons:
  • São partículas infecciosas compostas somente de proteínas, ou seja, eles não contêm nenhum ácido nucleico;
  • São mais resistentes a radiação ultravioleta e temperatura que os vírus comuns;
  • Essa proteína, em sua forma normal, é encontrada na membrana de células nervosas e torna-se infecciosa quando ocorre uma mutação no gene que a codifica;
  • Como são menos solúveis depositam-se nas células nervosas, provocando morte das mesmas;
  • O gene mutante pode ser herdado, causando a doença de Creutzfeldt-Jakob;
  • O príon tem a capacidade de alterar proteínas normais, transformando-as em partículas infecciosas;
  • O príon pode ser adquirido por transplantes e pela alimentação;
  • Entre 1980 e 1990 o príon foi responsável pela doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina);
  • A doença acometeu rebanhos após contaminação da ração feita de restos de ovelha contaminadas.
Viróides:
  • Consistem em uma única molécula circular de RNA sem a proteção do capsídeo ou envelope;
  • A molécula de RNA é muito pequena e não codifica nenhuma proteína;
  • Replicam-se por um mecanismo ainda não esclarecido;
  • Causam doenças em plantas, mas não há registros de doenças em humanos.
Epidemia, Endemia e Pandemia:
  • Epidemia: Toda doença que surge de forma súbita e se espalha rapidamente em uma região;
  • Acomete um número de pessoas maior que o habitual de casos esperados para determinado período (é o caso da gripe);
  • Endemia: Quando a doença persiste por vários anos em um lugar, ela passa a ser denominada endemia;
  • Afeta, de forma permanente, um número de pessoas por longo período (ex. malária);
  • Pandemia: É o aparecimento de um número de casos dessa doença fora do comum em todo o mundo.

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